O inverno, que começa oficialmente nesta quarta-feira, 21 de junho, às 11h58min, será o primeiro sob o fenômeno El Niño nesta década, depois de três anos seguidos em que os invernos transcorreram sob influência do fenômeno La Niña.

O El Niño deve ter o seu pivô de intensidade no último trimestre deste ano, entre a primavera e o verão, quando os efeitos devem começar a ser sentidos com maior força.

Tradicionalmente o inverno marca o período mais frio do ano e também o período mais chuvoso, juntamente com a primavera. Com a presença do El Niño e sua rápida intensificação, a tendência é que o inverno tenha um aumento nas precipitações, principalmente em sua segunda metade.

É altamente provável que o trimestre de inverno (junho, julho e agosto) termine com chuva acima da média na maior parte do território gaúcho. Sob a influência do El Niño, cresce o risco de chuva excessiva.

O Estado tem diversos precedentes de cheias de rios no inverno, independente das condições do Pacífico, mas que tendem a ser mais numerosos e graves e anos de El Niño.

Quanto às temperaturas, a projeção é que o inverno não deve ser rigoroso, ou seja, sem frio forte e persistente. Em anos de El Niño, episódios de frio muito forte não deixam de ocorrer mas tendem a ser menos numerosos, assim o Estado deve ter uma estação com temperatura acima da média.

Para a agricultura, a ocorrência do fenômeno El Niño, com chuvas abundantes nos próximos meses, poderá prejudicar o desenvolvimento da safra de inverno, especialmente no fim do ciclo e durante a colheita, além de possivelmente atrasar o início da safra de verão.