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Milho deve ter perdas ainda maiores com a continuidade do período de estiagem na região

Produtividade deve reduzir em mais de 50% em pontos da nossa região, afetando uma cultura estratégica para nossa economia

8 de dezembro de 2021
Lavoura de milho em Vista Gaúcha (Foto: Chaylla Corrêa)

O cenário de chuva para lavouras de milho no Sul do Brasil é muito ruim no curto prazo. As consultorias do mercado já começam a revisar para baixo as suas projeções de produção de milho de verão no Brasil devido à falta de chuva no Rio Grande do Sul, que é o maior produtor nacional nesta época do ano.

Desde o inverno de 2021 a MetSul Meteorologia alertava que haveria escassez e irregularidade de chuva no estado gaúcho no final do ano em consequência do resfriamento do Pacífico com prejuízos para a cultura e riscos principalmente para o milho, que é o primeiro a sofrer com os efeitos de estiagem.

A tendência é de agravamento das perdas com danos irreversíveis em muitos municípios e acentuada queda de produtividade em diversas localidades do Rio Grande do Sul ante as precipitações muito escassas e irregulares nos próximos sete a dez dias.

Confira a situação pontual de Três Passos e Humaitá

Em Três Passos, a maior parte do cultivo da cultura de milho se refere ao milho safra, com cerca de 2.600 hectares semeados. O escritório da Emater de Três Passos estimava, no período anterior ao plantio, uma produtividade de até 140 sacas por hectare. Porém, com a escassez hídrica na região, neste momento já há uma estimativa de perda de pelo menos 50% no potencial produtivo da safra de milho safra, com a expectativa de colheita de 70 sacas por hectare.

“A tendência é que este cenário se agrave ainda mais, pois não há previsão de chuva para os próximos dias”, ressalta o chefe do escritório da Emater em Três Passos, Kelvis Rauber.

“Estamos verificando uma repetição do que aconteceu no ano passado, com a cultura do milho sofrendo muito com a estiagem. Quem plantou um pouco mais cedo, este ano, ainda terá uma produtividade um pouco melhor, mas são poucas lavouras. A maioria semeou no tarde, sendo esta planta a mais prejudicada neste momento”.

Algumas solicitações de laudo e vistoria para o Proagro já foram encaminhadas ao escritório local da Emater, em Três Passos.

Nossa reportagem também consultou o escritório da Emater de Humaitá, que também já trabalha em algumas vistorias para encaminhamento do Proagro. A estimativa inicial projetada para a cultura de milho no município era de produtividade de 150 sacas por hectare.

Porém, na mais recente atualização, devido à falta de chuvas, a estimativa caiu para uma produtividade de 90 a 100 sacas por hectare, o que representa cerca de 34% de perdas, número que deve reduzir ainda mais, a cada dia que passa sem precipitações pluviométricas. No milho silagem também a perda já é significativa.

Reflexos negativos em toda a região, com escassez de chuva que deve se prolongar por mais dias

Além da chuva irregular, municípios do Noroeste, Norte, Centro e Oeste do estado enfrentarão dias de calor, alguns excessivos, o que acelerará ainda mais a perda de umidade no solo com piora das perdas.

Na última projeção de chuva para sete dias no Sul do Brasil, os prognósticos apontam que a chuva será muito irregular no período e em muitos municípios gaúchos pode sequer chover por uma semana mais. As precipitações tendem a ser maiores em Santa Catarina e no Paraná, entretanto devem ser irregulares e com baixos volumes na maioria das áreas.

Em níveis regionais, de acordo com o escritório da Emater em Ijuí, que abrange os 21 municípios da região Celeiro, as plantas apresentam sintomas de déficit hídrico com folhas enroladas, inviabilidade do pólen e murchamento de toda a planta.

Nas lavouras em estágio de formação e enchimento de grão havia falhas de polinização e desenvolvimento de grãos nas espigas, impactando na diminuição da produtividade. Nas em início da floração, notavam-se plantas sem emissão de espigas. As estimativas apontam para redução de mais de 40% do potencial produtivo das lavouras de sequeiro.

A última chuva na região aconteceu no dia 25 de novembro, com médias entre 8mm e 32mm, volume considerado pequeno para satisfazer a necessidade de água do milho.

Fonte: Rádio Alto Uruguai

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