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Processo que denuncia Leandro Boldrini por tortura deve ter sentença nos próximos meses

Ação foi ajuizada pelo Ministério Público, ainda no ano de 2016

30 de março de 2023
Leandro Boldrini durante o júri ocorrido na última semana, em Três Passos (Foto: Vinicius Araujo / Rádio Alto Uruguai)

Além de ter sido condenado pelo tribunal do júri, na última semana, a 31 anos e 8 meses de reclusão, Leandro Boldrini também responde a um outro processo criminal na justiça. Trata-se de uma denúncia pelo crime de tortura, cometida contra o seu filho, Bernardo Uglione Boldrini. A ação foi ajuizada em setembro de 2016, pelo Ministério Público, na comarca de Três Passos. Além de Leandro, também figura como ré, a sua ex-companheira, Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo e também condenada no âmbito do Caso Bernardo, no júri ocorrido em 2019.

Na denúncia, o Ministério Público alega que Boldrini praticou omissão, deixou de prover a subsistência, privou a vítima de almoços, jantares e lanches na escola, submeteu Bernardo a vexame e constrangimento ao não deixar ele entrar na própria casa, fazendo como que o menino passasse por dias nas casas de amigos, além de submeter Bernardo a sofrimento mental, como castigo.

O processo está em fase de alegações finais, faltando a manifestação da ré Graciele. Depois disso, o processo estará concluso para julgamento, o que deve acontecer ainda neste ano de 2023.

MP apresenta embargos de declaração no processo que foi a júri na última semana

Quanto ao processo em que Boldrini foi condenado, na última semana, pelo tribunal do júri, o Ministério Público do Rio Grande do Sul em Três Passos interpôs embargos de declaração para que a própria juíza esclareça pontos relativos à fixação da pena.

Também já interpôs apelação para que o Tribunal de Justiça reforme questões relacionadas à pena. O MPRS não tem intenção de recorrer contra a absolvição pelo crime de ocultação de cadáver.

O médico Leandro Boldrini poderá cumprir o restante da pena desta condenação, no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre. Ele foi encaminhado na última segunda-feira para atendimento e avaliação psiquiátrica. A medida foi autorizada pela juíza Priscila Gomes Palmeiro, da 1ª Vara de Execuções Criminais da Capital.

Conforme o juiz Alexandre Pacheco, da Vara de Execuções e Penas e Medidas Alternativas (Vepma) de Porto Alegre, responsável pela liberação da vaga no IPF, a avaliação psiquiátrica tem duração máxima de 15 dias. Após essas duas semanas, os médicos irão considerar a necessidade ou não da permanência de Leandro no local, ou se ele voltará para a Pasc – Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

Fonte: Rádio Alto Uruguai

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