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Mustang amarelo e o legado do setembro amarelo

Conheça como um Mustang amarelo se tornou a cor da campanha que salva vidas

11 de setembro de 2024
Foto: Yellow Ribbon

Mike Emme era um jovem, talentoso de Westminster, Colorado, onde era conhecido por suas habilidades mecânicas. Em 1994, aos 17 anos, Mike tirou sua própria vida em seu carro, um Mustang que havia restaurado.

Em seu funeral, familiares e amigos de Mike distribuíram cartões com fitas amarelas (yellow ribbon) com a frase “Se precisar, peça ajuda”. Algumas semanas depois, os pais de Mike começaram a receber pedidos de ajuda, e, foi quando fundaram a Yellow Ribbon, instituição dedicada à prevenção do suicídio (www.yellowribbon.org).

Fita distribuída no velório de Mike – Foto: Yellow Ribbon

Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. O amarelo escolhido foi em dedicatória ao Mustang de Mike.

No Brasil, em 2015, o CVV (Centro de Valorização da Vida), o CFM (Conselho Federal de Medicina) e a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), adotaram o amarelo como a cor oficial do Setembro Amarelo, associando-o ao mês da prevenção do suicídio, em referência ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro), instituído pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Desde então, monumentos e edifícios em todo o país são iluminados de amarelo, destacando a importância da causa.

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/9), a Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul lançou a campanha “Juntos na torcida pela vida – pedir ajuda faz bem”, com vídeos que está sendo veiculados nas redes sociais durante o mês de setembro, dedicado à prevenção ao suicídio. A campanha conta com a participação de atletas do Grêmio e do Internacional falando sobre a importância de as pessoas procurarem ajuda nos serviços de saúde.

Na noite do dia 10, o Palácio Piratini recebeu iluminação cênica com luzes amarelas para demarcar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Segundo dados, o Rio Grande do Sul, historicamente, apresenta as maiores taxas de mortalidade por suicídio do país. Entre 2015 e 2023, as taxas de mortalidade por suicídio no país subiram 38,37%. O Estado seguiu a tendência nacional, com 32,17% de aumento. Em 2023, ainda que os dados sejam preliminares, foram registradas 1.548 mortes por esse agravo no Rio Grande do Sul. Dos casos registrados, 80,04% são de pessoas do sexo masculino. A taxa de mortalidade dos homens aumenta conforme avança a faixa etária, crescendo também a diferença em relação ao sexo feminino.

A partir do ano de 2022, também houve um aumento na mortalidade por suicídio da população indígena no Estado. No ano de 2023, atingiu seus maiores números (29,29%). Em muitos casos, é possível evitar o suicídio. A primeira medida preventiva é a educação.

Há algum tempo, a psiquiatria entende que o silêncio pode ser extremamente nocivo e, nos últimos anos, especialmente com o sucesso da campanha Setembro Amarelo, informações ligadas ao tema têm sido compartilhadas, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a recursos de prevenção.

É preciso se atentar às seguintes mudanças de comportamento: falta de esperança, isolamento social, fazer um testamento, desfazer-se de posses, comprar um túmulo, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades antes prazerosas, descuido com aparência ou com condições de saúde.

O suicídio comumente está ligado a doenças psiquiátricas, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e outras dependências químicas. Mas pode estar associado a outras condições médicas, como traumatismo de crânio, epilepsia, esclerose múltipla, doença de Huntington, Parkinson, câncer e AIDS. Um pequeno número de pessoas que comete suicídio não parece ter evidência de doença psiquiátrica ou médica geral.

O ato pode ser planejado por horas ou dias ou acontecer de forma impulsiva, sem premeditação. Estudos apontam para influência genética e familiar no suicídio. A OMS entende que 9 a cada 10 casos podem ser evitados.

Para auxiliar o paciente portador destes sintomas, deve-se:

Incentivá-lo a buscar ajuda profissional e acompanhá-lo no atendimento psiquiátrico, sobretudo no emergencial. O SUS (Sistema Único de Saúde) dispõe do CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), onde é oferecido assistência médica e psicológica às patologias psiquiátricas, atendimentos podem ser solicitados através do número(55) 3522-0442.

Ajuda em emergências: sempre que necessário, acione ajuda médica emergencial nos casos em que há manifestações claras de atentado contra a vida. Além de prontos socorros, médicos de confiança para atendimento domiciliar e hospitais públicos e privados.

Proteja o indivíduo de meios pelos quais é possível cometer o ato como armas de fogo, janelas, facas e medicamentos e não o deixe só.

Converse: não somente nos momentos emergenciais, mas no dia a dia, principalmente se a pessoa já manifesta doenças psiquiátricas. Permita que ela desabafe e converse sobre assuntos variados, fazendo com que tenha formas de encontrar esperança e positividade em relação à vida.

Não julgue: nunca condene os atos e falas da pessoa suicida. O sentimento de culpa e o autojulgamento são intensos e prejudiciais.

Lembre-se sempre que uma tentativa de suicídio sem êxito ou de formas aparentemente menos letais, não sinaliza, sob hipótese alguma, que este paciente não deva ser assistido com atenção e cuidado. Toda manifestação suicida merece nossa preocupação.

Para mais informações e outras dicas sobre este assunto, acesse o Centro de Valorização da Vida (CVV): www.cvv.com.br. O telefone do CVV é gratuito e oferece apoio à pessoa suicida de forma sigilosa e gratuita: 188.

A SES, por meio do Cevs, desenvolve ações de qualificação das notificações do comportamento autolesivo junto às Coordenadorias Regionais de Saúde e aos municípios. São promovidas capacitações mensais para os profissionais da saúde e da rede intersetorial para a identificação/notificação no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) e encaminhamento dos casos.

Se você estiver se sentindo deprimido (a) e/ou sem motivação para viver, busque ajuda. Compareça à unidade de saúde mais próxima da sua residência e converse com um profissional.

Fonte: Rádio Alto Uruguai

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